terça-feira, 29 de setembro de 2009

FESTA DOS TABERNÁCULOS - Levíticos 23.33-43


Significado Histórico

A Festa dos Tabernáculos ou Festa da Colheita era originalmente uma festa agrícola, assim como a Páscoa e Pentecoste. Apesar disso Deus lhe atribui um significado histórico: a lembrança da peregrinação pelo deserto e o sustento pelo Senhor. A fragilidade das tendas que o povo construía era uma lembrança da fragilidade do povo quando peregrinava os 40 anos no deserto a caminho da Terra Prometida.

A palavra “tabernáculo” origina-se da palavra latina “tabernaculum” que significa “uma cabana, um abrigo temporário”. No original hebraico a palavra equivalente é sukka, cujo plural é sukkot.

A Festa dos Tabernáculos durava uma semana e durante este período habitavam em tendas construídas com ramos.

É um tempo de regozijo e ação de graça.

Posteriormente, na história judaica, a Páscoa, Pentecoste e a Festa dos Tabernáculos são chamadas no calendário judaico de Festas de Peregrinos, porque nestas três festas era exigido que todo homem judeu fizesse uma peregrinação até o Templo, em Jerusalém. Nestas ocasiões o povo trazia os primeiros frutos da colheita da estação ao Templo, onde uma parte era apresentada como oferta a Deus e o restante usado pelas famílias dos sacerdotes. Somente após essa obrigação ser cumprida era permitido usar a colheita da estação como alimento.

A ordenança de Deus para que o povo habitasse em tendas traz conotações de caráter moral, social, histórico e espiritual. O rabino Henri Sobel fala da sukka como um símbolo de proteção divina. Em momentos de aflição pedimos ao Todo-Poderoso que nos “abrigue em sua tenda” (Salmos 27.5). A Sukka é um chamado contra a vaidade e um apelo à humildade. Mesmo o mais poderoso dos homens deve viver durante sete dias numa habitação primitiva e modesta, conscientizando-se da impermanência das posses materiais. Mais ainda, deve compartilhar essa moradia com todos os desprivilegiados a seu redor: “seus servos, o estrangeiro, o órfão e a viúva que estiverem dentro dos seus portões”. ( Deuteronômio 16.14)

Por ser pequena, sem compartimentos a sukka obriga seus moradores a se aproximarem, física e afetivamente, e talvez os inspire a se manterem mais unidos nos outros dias do ano.

De acordo com a Lei, a cobertura da sukka deve ser feita de tal forma que através dela se possam ver as estrelas. Resulta um teto pelo qual se infiltram a chuva e o vento, mas pelo qual também penetra a luz do sol. A sukka é o modelo de um verdadeiro lar: sem uma estrutura sofisticada, sem decoração luxuosa, mas cheia de calor, tradição e santidade. Um lar deve ter espiritualidade, deve ter uma vista para o céu.

A sukka é um abrigo temporário, improvisado, construído às pressas. E, no entanto, ela é um símbolo de permanência e continuidade. É tão frágil, tão precária , tão instável e, no entanto, sobreviveu a tantos impérios, tantas revoluções porque na verdade seu sustento é divino , é somente o Senhor quem nos pode sustentar!

A sukka é uma construção rústica cuja cobertura é feita de produtos da terra - fácil de obter. Inclui ramos, arbustos, palha e mesmo ripas de madeira. Frutas, vegetais e outros alimentos não são usados.

O povo judeu tomou as palavras de Deus em Levítico 23 “habitareis” em seu sentido literal. Eles interpretaram a palavra “habitar” como significando que se devia comer e dormir na sukka, e não apenas construí-la. Nenhuma benção é recitada quando se constrói a sukka, pois a ordem fundamental é “habitar” na sukka e não meramente construí-la. Uma benção é recitada imediatamente antes de comer e dormir na sukka.

A Festa dos Tabernáculos tinha dois aspectos distintos na época do Templo. Uma parte da festa era consagrada ao louvor e ações de graça. O toque das trombetas convocava o povo, que se postava nas ruas para assistir à marcha dos sacerdotes que iam ao tanque de Siloé, enchiam uma vasilha de prata de água e depois rumavam para o templo e a derramavam no altar. Era um cortejo glorioso de sacerdotes vestidos de branco, instrumentos musicais, corais. Os levitas se faziam acompanhar por músicos em instrumentos de corda, sopro e percussão durante a recitação dos Salmos 113 a 118- especialmente as palavras messiânicas do Salmo 118, versos 25 e 26: “Ó Senhor, salva, Te pedimos! Ó Senhor, nós te pedimos, envia-nos a prosperidade. Bendito aquele que vem em nome do Senhor”.

Esse ritual de derramamento de água simbolizava ações de graça pela chuva que possibilitou a colheita do ano. Orações por mais chuva eram feitas para possibilitar a colheita da próxima estação.

Esse ritual simbolizava também a alegria espiritual e salvação.

A cada dia, durante o período da Festa, os sacerdotes rodeavam o grande altar de sacrifícios, uma vez, agitando suas palmeiras em todas as direções. Os ramos eram seguros juntos na mão direita, e a cidra, na mão esquerda.
No sétimo dia, chamado “Hoshana Rabbah”que sifnifica “A grande Salvação”, os sacerdotes rodeavam o altar sete vezes, recitando o Salmo 118.

Durante os sete dias de Sukkot, o grande altar de sacrifício recebia um número de sacrifício maior do que em qualquer outra festa: 70 novilhos, 14 carneiros, 98 cordeiros e 7 bodes( Números 29.12-34).

Em relação aos 70 novilhos o Talmud ensina que “as setenta nações do mundo são representadas nas ofertas de expiação de Israel.

O segundo ponto alto das comemorações eram os festejos. À noite, as multidões festejavam com banquetes e ainda cantavam e caminhavam pelas ruas portando tochas. Eram também colocadas tochas que iluminavam o átrio do Templo. Nesses momentos demonstravam sua gratidão a Deus desfrutando as boas coisas da vida e o prazer de gozarem a companhia uns dos outros.

Foi a essa festa que os irmãos de Jesus se referiram quando insistiram com ele para que seguisse para Jerusalém (João 7.1-9). O Senhor rebateu suas palavras sarcásticas, mas depois, ocultamente, foi para Judéia. Durante a Festa, Ele deu ensinamentos e sofreu dura oposição por parte dos fariseus. Foi nessa ocasião que chamou os que tivessem sede para irem a ele e beber ( João 7.37). Isso pode ter sido uma referencia à água derramada no altar durante a Festa.

LIÇÕES DA FESTA PARA NÓS, HOJE

1) NUNCA DEVEMOS ESQUECER-NOS DE ONDE SAIMOS

· Uma das intenções da construção da sukka é relembrar o período difícil do povo no deserto.

· Da mesma forma, nunca podemos nos esquecer dos lugares aos quais Deus nos tirou, pois, se assim acontecer, podemos também nos esquecer dos grandes feitos de Deus por nós.

2) DEVEMOS SEMPRE ENTREGAR A DEUS NOSSOS PRIMEIROS FRUTOS DA COLHEITA DA VIDA

· Devemos, em todo tempo, separar, em primeiro lugar, aquilo que é destinado a Deus em nossas vidas:

i. Tempo,

ii. Dinheiro,

iii. Esforço,

iv. Amor.

3) DEVEMOS EM TODO TEMPO CELEBRAR COM ALEGRIA A SALVAÇÃO RECEBIDA DE DEUS, POR CRISTO

· Nós necessitamos de sempre agradecer e celebrar a vida que Deus tem nos dado.

· Viver a vida cristã é desfrutar da alegria de Deus, que nos salvou.

· Adorar também é celebrar: Comemorar com solenidade; festejar; louvar publicamente; enaltecer

· Devemos transformar nossos cultos em celebrações por Deus que Deus nos deu: SALVAÇÃO!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O CULTO: ENCONTRO COM DEUS - Mt. 18.18-20


Esse capítulo 18 de Mateus trata de uma série de assuntos:

· Jesus responde a pergunta sobre quem seria o maior no reino dos céus;

· Jesus conta a parábola da ovelha perdida;

· Jesus trata sobre como resolver uma ofensa ao irmão;

· Jesus fala sobre oração;

· Fala sobre a essência do culto;

· Conta a parábola do servo impiedoso.

Separamos nessa noite o trecho que Jesus trata especificamente do ajuntamento entre os irmãos, ao qual denominados CULTO.

De inicio, vale ressaltar que Jesus fala do culto em meio a uma discussão sobre relacionamento na Igreja. Aqui mesmo, já temos um conceito profundo de Jesus:

· SÓ PODE EXISTIR PRESENÇA DE DEUS ONDE AS PESSOAS REUNIDAS ESTÃO EM COMUM ACORDO.

o Antes de afirmar a sua presença no ajuntamento de dois ou três, Jesus fala da importância de se resolver os problemas internos e da necessidade de concordância (v. 15-19);

o Deus não pode habitar em ajuntamentos de pessoas que não andam juntas, não ligam as mesmas coisas no céu.

Em seguida, Jesus apresenta a seguinte compreensão: Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles” (v.20). O que seria estar reunido em meu nome?

· Em meu nome denota a idéia de: por causa de, no interesse de, para a possessão de.

· Essa é a idéia: Jesus se faz presente num local onde as pessoas se reúnem com desejo por Jesus, com a plena consciência que estão ali porque já são d’Ele.

Nesse momento, uma reflexão sobre nosso jeito de cultuar desse ser inferida.

· Alguns de nós ainda temos aquela terrível compreensão de que o culto é um lugar aonde eu vou à busca de algo que o pastor, o ministério de louvor ou outra pessoa pode me oferecer.

o É como se fôssemos a um teatro, assentássemos na platéia em busca de algo de nos ofereceram.

· O culto cristão não é assim.

o Em nossos cultos, não somos a platéia, mas sim os atores. Todos nós, sacerdotes universais, povo de Deus, somos convidados por Deus a estar no palco, em total ministração à platéia composta por três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

o Deus nos convida a tomar o palco e a apresentar algo que possa encher seu coração. Apesar do convite ser d’Ele, nós que atuaremos.

· Uma idéia que pode nos ajudar é tentar entender a raiz da palavra culto.

o A palavra Culto vem do latim colere, que significa cultivar agricolamente.

o Cultuar é semear algo, é lançar sobre Deus nossas sementes, aquilo que temos de valioso.

§ O que mais valioso temos, e que Deus espera que entreguemos, é a nossa vida.

o Outro significado para palavra culto é SERVIÇO.

§ Serviço é algo que nos custa. É trabalho, requer esforço, dedicação.

§ Cultuar a Deus é também se empenhar para oferecer algo que agrade o coração de Deus.

· Nessa reflexão, quero também pensar sobre o papel da música e da dança no culto.

o A música é um dos melhores meios de se unir corpo, alma/mente e espírito em um só propósito.

§ Por isso, Deus sempre incentivou seu povo a manifestar sua adoração através da música, porque ela faz com que o individuo se expresse plenamente ao Senhor.

o A dança é um meio, que havia sido abandonado, de expressão artística a Deus.

§ Com gestos corporais, se apresenta mensagens do nosso coração ao Senhor.

PARA FINALIZAR: DEUS ASSISTE, E RETRIBUI CONFORME O QUE FOI OFERECIDO

Parece barganha, mas não é.

Todo aquele, que é de alguma maneira presenteado, tem por si mesmo um sentimento de retribuir aquela alegria recebida. Com Deus, não é diferente.

Se tocamos seu coração com nosso culto de adoração, Deus manifestará seu contentamento e alegria. E não é necessário nada mais do que isso para nós. Por quê? Neemias nos ensina: “a alegria do Senhor é a nossa força”!

Se muitas vezes temos saído vazios e frustrados de nossas reuniões, mudemos nossa forma de cultuar ao Senhor, para desfrutarmos da experiência de alegrar o coração de Deus, e sermos fortificados por Ele.

domingo, 20 de setembro de 2009

ADORADOR SEM NOME - Gn. 24.1,2


  • Encontramos aqui ninguém mais ninguém menos do que o mais antigo servo de Abraão, homem de muitas responsabilidades.
    • Provavelmente, ele cuidava de vários afazeres domésticos e também verificava o serviço dos demais servos da casa do principal líder do povo hebreu naqueles dias.
    • Era ele quem dizia se a comida estava boa, se o chão estava bem limpo, se a casa estava arrumada, se os animais estavam bem tratados etc.
    • Gosto de saber que Deus usa as pessoas menos importantes e das formas mais inesperadas para realizar grandes coisas (I Coríntios 1.26-29). Pois foi através daquele humilde servo que Abraão pode dar continuidade à sua linhagem, da qual veio a nascer o Messias - Jesus - o nosso Senhor.
  • Quero ressaltar alguns pontos interessantes desse adorador, que acrescentaram muito à minha vida com Deus.

1. Ele era um bom servo, mas desconhecido

  • Como servo, sua posição trazia esta marca: "Servos não têm nome".
    • Servos são somente servos, preocupados única e exclusivamente em cumprir bem os desígnios de seus senhores.
    • Para um bom servo, basta a ordem ou a decisão de seu senhor para que se sinta bem.
    • Por conseguinte, deveríamos trazer esse mesmo sentimento em nós, pois isso é o que nos ensina o próprio Senhor Jesus, quando afirma: "... o maior entre vós, seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve..." Lucas 22.26-27.
  • Outra característica de um servo eficaz é que ele é totalmente dependente das decisões do seu senhor e sabe esperar por elas.
    • Diante disso, nós devemos estar sempre na dependência do nosso Senhor, à espera do Seu mover.
    • Um bom servo compreende com clareza a frase "...sem Ele nada podemos fazer"João 15.5. Somos constantemente testados em nossa soberba e em nosso ego, porque sentimos prazer em dizer "eu fiz, eu resolvi, eu consegui", (você pode terminar a lista)..
  • É preciso buscar ardentemente ser encontrados como bons servos, declarando sempre a nossa total dependência de Deus.

2. Ele era responsável pelas coisas do seu senhor

· "... o seu mais antigo servo da casa, que governava tudo quanto possuía..." (v. 1.)

· Abraão sabia reconhecer muito bem o bom servo do mau servo. Este servo, diz a Palavra, governava a casa e os bens de Abraão, que com certeza eram muitos.

o Tamanha responsabilidade tem de ter como base e como elo: confiança, sinceridade, fidelidade, enfim, quesitos fundamentais que também podemos encontrar em um grande amigo.

o Sendo assim, podemos perceber que ser encontrado como um servo bom e fiel significa também ser encontrado como um grande amigo com quem Deus poderá contar.

· Este é o relacionamento que aquele servo tinha com Abraão, o mesmo que Deus mantinha com Abraão, e também o tipo de relacionamento que Deus deseja ter conosco.

· Foi através destas qualidades que esse desconhecido não só foi o governante de tudo o que possuía um dos homens mais importantes da História, mas também o "pivô" da vontade de Deus para a humanidade, na genealogia de Jesus.

o "Muito bem servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do Teu Senhor." (Mateus 25.21.)

3. Ele amava o seu senhor

  • "E disse consigo: Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão, rogo-te que me acudas hoje e uses de bondade para com meu senhor Abraão" (v. 12)
  • Vemos aqui que além de cuidar de tudo o que possuía Abraão, sendo responsável e preocupado com os interesses do seu senhor, ele desejava muito vê-lo feliz e satisfeito com os seus serviços.
  • Na cultura oriental, um servo vive para o seu senhor e não para si mesmo. Cria-se um relacionamento às vezes mais forte do que o próprio laço familiar!
    • Diante de um serviço que estava além de seu alcance e recursos - trazer a esposa para o filho do seu senhor - ele faz esta oração a Deus, e intercede por Abraão.
    • Ele talvez tenha aprendido a buscar ao Senhor Deus com o próprio Abraão. E a lição sobre buscar o Senhor na nossa impossibilidade ele não havia esquecido.
  • Ele realmente amava o seu Senhor. Estaria desobrigado de trazer a moça caso ela não quisesse voltar com ele. Mas esse homem tinha um objetivo, um alvo: fazer a vontade de seu senhor.
  • Ele sabia da importância dessa missão; era necessário que Isaque se casasse logo, para que a herança de Abraão não se perdesse. Um fato que devemos lembrar: Abraão temia que, se Isaque se casasse com uma mulher cananéia, outros costumes entrariam no meio do povo e certamente estariam corrompendo o culto ao seu Deus.
    • Outro ponto vista poderia ser colocado da seguinte maneira: na cultura hebraica daquela época, quando o líder de uma casa morria sem deixar filhos, automaticamente a herança passava a pertencer ao servo mais antigo.
    • E se o servo de Abraão fosse ganancioso? Ele poderia ter atentado contra a vida de Isaque e teria ficado milionário. Sendo Abraão já velho e sem uma esposa, seria difícil conseguir um novo herdeiro àquela altura.
    • Mas, este servo realmente não vivia para si mesmo; só vivia para o seu senhor, verdadeiramente amava o seu senhor mais do que a si próprio. E foi por isso que Abraão o escolheu, e será por isso que Deus nos escolherá para os Seus propósitos.
    • A principal maneira pela qual o Senhor Nosso Deus irá medir nossa fidelidade como servos, será através do nosso amor para com Ele.
  • Será que neste ponto podemos dizer que nos parecemos com esse servo de Abraão?
    • Só o amor trará à luz esta informação, isto porque qualquer outro critério de avaliação seria baseado em atitudes meramente humanas, que por mais que aparentem ser boas, costumam ter algum interesse carnal por trás. Por isso é que as escrituras afirmam: "...acima de tudo isto [subentende-se toda a obra que o homem pode realizar], porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição." Colossenses 3.14.
    • Que seja claro para nós, como servos e filhos amados de Deus, que só através de um amor intenso é que poderemos alcançar a confiança e sermos conhecidos do nosso Senhor. "Mas se alguém ama a Deus, esse é conhecido por Ele." (I Coríntios 8.3.)

4. Ele era um adorador extravagante

  • "E, prostrando-me adorei ao Senhor e bendisse ao Senhor..." (v. 48)
  • Como se não bastasse - tantas qualidades em um servo - encontramos nele algo que supera e dá suporte a todas as outras demais qualidades, ele era um adorador.
  • Este homem, por sua vez, não tinha nenhum medo de assumir-se um adorador do Deus Vivo. Ali estava ele, diante de uma mulher que ele nunca vira antes, se arremessando ao solo e bradando, com todas as suas forças, gritos de adoração e alegria diante do Senhor. Certamente havia outras pessoas por perto, pois era a hora em que as moças saiam para buscar água no poço. Esse homem amava a Deus e sabia que só pela vontade Dele é que as coisas estavam acontecendo. Só isso já é uma grande razão para que a nossa adoração seja extravagante.

Conclusão

· Temos sido, como Igreja, violentados por doutrinas mundanas hereges e que estão minando a nossa verdadeira adoração. Devemos nos voltar para a simples e eficaz Palavra de Deus, que é o único lugar onde conheceremos o Seu caráter.

· Alguns pontos para meditar sobre nossas próprias vidas são

o Será que temos buscado a glória de sermos conhecidos por nossas atitudes

o Temos vivido exclusivamente para o nosso Senhor?

o Temos atendido ao chamado específico de Deus para nossas vidas?

o E a nossa adoração, será que ela é só uma música?

o O nosso relacionamento com o Senhor pode ser colocado sob o respaldo de palavras como fiel, sincero, transparente, verdadeiro, intenso, etc?

· Não sei quanto a você, mas o meu único desejo é ouvir uma pequena frase naquele dia: "Servo bom e fiel, entra no gozo do Teu Senhor."

· Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo nos alcance, para o propósito de progredirmos em estatura

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

POR QUE É TÃO DIFICL PERDOAR? Efésios 4.31-32


A convivência dos casais seria bem mais tranqüila e harmoniosa se estes entendessem que nem sempre um estará agradando o outro em tudo. Jamais o homem ou a mulher conseguirão fazer absolutamente tudo para preencher as expectativas de seu cônjuge, para agradá-lo totalmente. Por isso, é inevitável, que parceiros na vida conjugal se firam mutuamente, pois, no matrimônio, ferir, nunca é algo unilateral. Às vezes, uma pessoa fere a outra das formas mais numerosas e óbvias, contudo as violações de amor e confiança sempre estão presentes de ambos os lados.

Para restaurar um relacionamento, o perdão precisa entrar em cena. O perdão é o óleo dos relacionamentos: reduz o atrito e faz com que as pessoas se aproximem. O perdão também pode ser visto como a cola que conserva unido o compromisso. Sem perdão o compromisso se esfacelará e o matrimônio será dividido.

Mas, por que é tão difícil perdoar?

A razão principal para que haja tanta dificuldade em se perdoar é que muitas pessoas não sabem o que significa a palavra "perdão" ou se sabem, não estão dispostos ou preparados para perdoar verdadeiramente.

O perdão não é só pedir desculpas. Fazendo assim, você está admitindo o problema, mas não a sua responsabilidade.

O perdão não é condicional e não pode ser conquistado. Não se pode exigir mudanças na pessoa: "Talvez, se colocar sua vida em ordem, eu a perdoe". Não se pode estabelecer condições para o perdão.

O perdão não é um sentimento, pois haverá ocasiões em que você não sentirá que perdoou.

O perdão não é arquivar os erros.

O perdão não é fingir que não houve nada de errado. É muito comum a pessoa continuar vivendo como se não houvesse problema algum. Se é assim que você está lidando com a situação, não se surpreenda se o problema voltar a persegui-lo.

O perdão não é indiferença. Se sua atitude é "e daí?", está ignorando o conflito que precisa ser solucionado. A indiferença é superficial.

O perdão não justifica o mal. Ter resolvido a ofensa pessoal através do perdão não significa justificar uma atitude errada.

O perdão não é só dizer: "Vamos esquecer tudo isto". Você não se esquece. Ao contrário, torna-se uma fonte de irritação e ressentimento. Esquecer não resulta em perdoar, mas na verdade o perdão resulta em esquecimento.

O perdão não é tolerância. Simplesmente tolerar o problema não resolve e não melhora o relacionamento.

O perdão não tem como objetivo ensinar uma lição ao ofensor.

O perdão não significa que não advirão conseqüências. Pode acontecer a perda de reputação, de dinheiro, de sono, danos emocionais e um sem-número de inferências.

O perdão não implica na mudança da pessoa perdoada. Quer mude, quer não, o mandamento de Deus é perdoar; não somos responsáveis pelos atos alheios.

Perdoar não é tolerar um ato mau ou prejudicial. Tolerar significa que a pessoa declara que na verdade o ato não foi errado ou mau. Quando perdoa, uma pessoa admite que o ato foi errado ou mau, mas escolhe perdoar apesar disso.


Então, o que é perdão?

Perdoar é um ato de altruísmo, é realizar algo agradável que a outra pessoa não merece, ajudando-a a ter o dom da gratidão.

Perdão é quando a justiça e misericórdia vêm juntas.

O perdão não desculpa ou minimiza o ferimento causado pela outra pessoa. Pelo contrário, declara: "Sim, você fez algo que me machucou. Você agiu mal". Mas então perdoar é agir com misericórdia e dizer: "Escolho não sustentar isso contra você. Eu o perdôo".

Perdão é uma demonstração de força e não de fraqueza. Mais homens que mulheres receiam que perdoar e pedir perdão seja uma demonstração de fraqueza pessoal, que os faz perder a imagem de masculinidade. Entretanto procurar restaurar um relacionamento através do perdão é o verdadeiro sinal de força de caráter.

Perdão é uma redução altruísta do desejo de se separar, buscar vingança ou se defender, bem como um desejo de se reconciliar quando puderem ser restabelecidas boas normas morais. Altruísmo é a consideração desinteressada pelo bem-estar da outra pessoa. O perdão é motivado por um coração tocado por empatia e humildade.


Perdão – Reconciliação – Restauração

No casamento, parceiros sempre ferirão um ao outro. Ferir é inevitável. O que distingue os bons matrimônios dos problemáticos é como os casais se reconciliam depois das feridas inevitáveis e se o fazem com eficácia.

O perdão constitui um passo fundamental na jornada rumo à reconciliação. Reconciliação significa reconstruir a confiança depois de uma violação de confiança. A confiança é reconstruída quando ambas as partes evidenciam um comportamento amoroso e confiável.

O que é que leva a pessoa a parar de se sentir magoada e estar pronta para agir com amor? Duas coisas: por um lado, a pessoa que infligiu o ferimento precisa sinalizar que está depondo as armas, amolecer o coração, mostrar-se vulnerável. Por outro lado, a que sofreu o ferimento tem de sinalizar que se distancia da vingança, abdicar do isolamento e da separação, e abrir o coração para o agressor.

Podemos com isto dizer que para se alcançar a restauração de um relacionamento, ambos os parceiros precisam tornar-se peritos tanto em confessar quanto em perdoar.

Pensamento: "A dureza do coração é muito pior do que a decepção, e é um poderoso destruidor de relacionamentos". Dr. Henry Cloud

terça-feira, 15 de setembro de 2009

NOVIDADES

Já estão disponíveis as duas últimas partes da série construindo a Espiritualidade Cristã. Essa série de pequenos estudos abençoou diversas pessoas. não deixe de conferir.

Deixo também dois videos, que mostram um pouco do ministério de louvor de nossa comunidade.




domingo, 13 de setembro de 2009

A aliança com Deus e seus efeitos - Ex.19.5-8


INTRODUÇÃO:

· A palavra aliança é muito conhecida na bíblia e aparece 299 vezes entre o velho e novo testamento. No novo testamento ela vem do grego "diatheke" que é traduzido por aliança ou por testamento.

o A idéia da aliança é conhecida. O velho testamento retrata a aliança que Deus fez com seu povo através da Lei e o novo testamento retrata a aliança que Deus fez com pessoas individualmente através de Jesus Cristo.

o Falamos que aliança simboliza acordo, tratado, contrato, união entre duas partes. O que em geral não falamos é que aliança na verdade é apenas a casca, a exterioridade, a parte de fora.

o Aliança é a maneira de materializarmos sentimentos, convicções, e se observarmos de um modo geral, a aliança é a maneira materializarmos a fidelidade que temos para com Deus e que ele tem para conosco.

· A aliança é a casca: a fidelidade é a essência.

o A aliança só existe quando há fidelidade a Deus. Por isso que não podemos resumir nossa aliança com Deus através apenas de exterioridade: discursos, serviços ou atividade. A aliança é ter uma vida santa diante de Deus.

o ILUSTRAÇÃO: Quando o carro está muito sujo a gente escreve com o dedo: lave-me. Algumas pessoas espiritualmente escrevem em nossa vida: santifica-te.

· Para entendermos exatamente o que significa uma aliança com Deus em sua essência, é importante verificarmos o que o velho testamento diz, pois desde aquela época Deus já manifestava a necessidade de uma aliança e tentou estabelecer uma aliança com o povo.

·

O PRINCÍPIO DE UMA ALIANÇA COM DEUS

· Deus no monte Sinai estava falando ao povo um pouco antes de lhes transmitir os dez mandamentos ou decálogo. Deus vai falar algo maravilhoso sobre a aliança. Se o povo guardasse (fidelidade) a aliança seria transformado em:

o A Propriedade peculiar de Deus – A palavra hebraica sugere algo muito precioso que alguém reserva para si com um carinho especial;

o O Povo especial – "dentre todos os povos";

o O Reino de sacerdotes – idéia escatológica, demonstra a idéia de Deus já naquela época de que todos tivéssemos acesso direto a Deus através de Jesus Cristo;

o A Nação santa – a idéia de santo no velho testamento é de algo separado do uso comum e profano. Algo exclusivo para Deus.

· Deus constituiu uma aliança porque através dela queria transformar um povo.

o No novo testamento a idéia é a mesma. 1 Pedro 2:9 vai dizer exatamente que:"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;"

· A aliança que Deus faz é para nos transformarmos em povo de Deus, raça eleita por Deus, nação santa. Deus quer fazer uma aliança contigo para te abençoar.

o Ilustração: Ray Stedman pregava na Califórnia. Quando chegou ao templo havia bem na escadaria um bêbado dormindo. Ele o convidou para participar do culto mas o bêbado dizia que se sentiria mal entre pessoas tão santas e puras. Depois de muita insistência o pastor foi e naquela noite pregou sobre o pecado. Em determinado momento do sermão pediu para pessoas que no passado tivessem praticado determinados pecados levantassem a mão: adultério, roubo, mentira, bebida, etc... Depois do culto o homem foi se despedir do pastor e esse lhe perguntou: você gostou do culto? Ao que o homem respondeu: adorei, esse pessoal todo é da minha turma! Então Ray explicou: eram. Agora foram lavados pelo sangue de Jesus Cristo.

· Temos algumas outras características sobre esta aliança:

A ALIANÇA SIGNIFICA QUE NÓS PODEMOS CONTAR SEMPRE COM DEUS

· (DEUTERONÔMIO 4:30,31) – “Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então nos últimos dias voltarás para o Senhor teu Deus, e ouvirás a sua voz; porquanto o Senhor teu Deus é Deus misericordioso, e não te desamparará, nem te destruirá, nem se esquecerá do pacto que jurou a teus pais.”

· Quando estiveres em angústia, diz Deus, e todas estas coisas te sobrevierem (referência a sofrimento e castigo de Deus): ele não se esquecerá da aliança. Só que isso implica em atender a voz de Deus e voltar para Deus. Com certeza ele será misericordioso. Ter uma aliança significa estar seguro e poder contar sempre com Deus.

o Ilustração: É difícil quando somos traídos por alguém. O pastor Jim Ellif, um dos preletores do congresso da Fiel de 1999 contava que foi traído por um irmão muito querido. Foi conversar com aquele irmão ao que este respondeu: eu nunca disse que você poderia contar comigo. Contou porque quis. Bem, Deus deixa claro: vocês podem contar comigo sim. Eu sou o Deus de vocês...

A ALIANÇA IMPLICA EM RELACIONAMENTO COM O SENHOR (DEUTERONÔMIO 7:6-9)

· "Porque tu és povo santo ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito. Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos;"

· Deus recorda verdades para conosco:

o Ele nos escolheu;

o Ele nos amou;

o Ele cumpriu suas promessas libertando seu povo;

o Ele é fiel.

CONCLUSÃO

· Em todos os casos notamos algo importante: Deus faz a sua parte em sua aliança. E nós? Fomos exortados a voltarmos para Deus, escutarmos sua voz, obedecermos. O que Deus espera de nós? O que faremos em relação a sua aliança? Em Êxodo 19:8 vimos a resposta que o povo deu a Deus:

o "Então, o povo respondeu à uma: Tudo o que o SENHOR falou faremos. E Moisés relatou ao SENHOR as palavras do povo."

· Que haja hoje em seu coração a vontade e decisão de obedecer a Deus e assim cumprir a sua aliança.