domingo, 29 de agosto de 2010

PARA CRISTO NOSSA DIREÇÃO

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“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”(Gálatas 2.20 NVI).

Todos nós precisamos de uma direção bem clara para seguirmos corretamente na jornada desta vida. Alguns têm caminhado mal e sofrido as conseqüências de seguirem trilhas e direções erradas. Outros têm seguido a Jesus o caminho seguro e claro para uma vida justa e agradável a Deus. Quero que você me acompanhe com bastante atenção nesta mensagem: Para Cristo a Nossa Direção. Como devemos agir enquanto caminhamos em direção a pessoa de Jesus?

I – O homem que caminha em direção a Cristo é aquele que aceita os irmãos mais fracos na fé.

“Aceitem o que é fraco na fé, sem discutir assuntos controvertidos”(Romanos 14.1 NVI).

Uma vida onde caminhamos bem na direção de Cristo nos ajudará a experimentarmos plenamente a liberdade cristã e a convivermos com aqueles que pensam diferente de nós. Como agir com aqueles que discordam de nós? Deixe-me compartilhar com você alguns procedimentos cristãos que devem fazer parte de sua ação:

1) Não discuta assuntos controvertidos. Toda discussão vai gerar partidarismo e divisões. Por natureza gostamos de divergir e se nós não tomarmos cuidado estas divergências nos afastarão do alvo que é Jesus: “Um crê que pode comer de tudo; já outro, cuja fé é fraca, come apenas alimentos vegetais. Aquele que come de tudo não deve desprezar o que não come, e aquele que não come de tudo não deve condenar aquele que come, pois Deus o aceitou”(Romanos 14.2-3 NVI).

2) Aceite aquele que é mais fraco na fé. Ainda que haja irmãos mais fracos na fé em nossa jornada da vida centrada em Cristo devemos aceitá-los e acolher com amor a cada um deles.

3) Suporte as debilidades do irmão mais fraco: “Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Cada um de nós deve agradar ao seu próximo para o bem dele, a fim de edificá-lo”(Romanos 15.1-2 NVI).

No caso deste capítulo 14 de Romanos podemos extrair três princípios:

a) todo irmão que acha que existe algum tipo de comida que não se pode comer é fraco na fé;

b) todo e qualquer alimento só será impuro para aquele que para si mesmo considerar esse alimento impuro;

c) a preocupação primária com o reino, uma vida de justiça, de paz e alegria no Espírito Santo é o que vai demonstrar que somos cidadãos dos céus.

II – O homem que caminha em direção a Cristo é aquele que não julga o seu irmão porque reconhece que esta tarefa é do Senhor.

“Quem é você para julgar o servo alheio? É para o seu senhor que ele está em pé ou cai. E ficará em pé, pois o Senhor é capaz de o sustentar”(Romanos 14.4 NVI).
Uma vida onde caminhamos bem na direção de Cristo nos ajudará a experimentarmos plenamente a liberdade cristã e a evitarmos os julgamentos. Como é que eu consigo evitar os julgamentos aos procedimentos dos outros? Deixe-me compartilhar com você alguns procedimentos cristãos que devem fazer parte de sua ação:

“Portanto, você, por que julga seu irmão? E por que despreza seu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de Deus”(Romanos 14.10 NVI).

1) Evite, a todo custo, o julgamento a respeito das ações de qualquer pessoa. Bem sabemos o quanto dói quando somos alvos dos julgamentos alheios especialmente se vierem acompanhados de preconceitos. Apesar de termos conhecimento disto nos também temos julgado os outros e o Senhor em sua Palavra é bem claro quando nos questiona: “Quem você pensa que é para ficar julgando os outros?” Se o julgamento pertence ao Senhor confiemos que Ele vai dar o tratamento devido a cada um.

2) Evite, a todo custo, desprezar os seus irmãos em Cristo. Bem sabemos o quanto nos machuca quando somos desprezados por alguém. Apesar de sabermos que o desprezo é ruim temos desobedecido a Deus e o Senhor nos pergunta: “Quem você pensa que é para ficar desprezando os irmãos?” Devemos amar uns aos outros porque esta é a vontade de Jesus.

3) Mantenha a certeza de que haverá um dia onde todos nós seremos julgados por Deus. Bem sabemos o quanto nos aborrece qualquer tipo de injustiça. Devemos manter o coração seguro na certeza de que um dia compareceremos diante do tribunal. A palavra grega para tribunal aqui é Bema é indica uma espécie de palco onde os juízes dos jogos olímpicos entregavam os prêmios aos competidores. A medida que os atletas recebiam as suas coroas não julgavam-se a si mesmos nem aos outros competidores; o cristão também não tem o direito de julgar. “Porque está escrito: “ ‘Por mim mesmo jurei’, diz o Senhor, ‘diante de mim todo joelho se dobrará e toda língua confessará que sou Deus’”. Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus”(Romanos 14.11-12 NVI).

III – O homem que caminha em direção a Cristo é aquele que tem opiniões bem definidas a respeito da vida cristã.

“Há quem considere um dia mais sagrado que outro; há quem considere iguais todos os dias. Cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente”(Romanos 14.5 NVI).

Uma vida onde caminhamos bem na direção de Cristo nos ajudará a experimentarmos plenamente a liberdade cristã e a construirmos opiniões e convicções bem definidas. Como agir diante dos desafios que surgem diante de nós? Deixe-me compartilhar com você alguns procedimentos cristãos que devem fazer parte de sua ação:

1) Não tome nenhuma atitude na dúvida. Esta é uma regra que visa a nossa segurança tanto física quanto espiritual. Quantas vezes nos encontramos diante de situações em que nos sentimos inseguros e duvidosos! As regras do transito dizem que na dúvida não devemos ultrapassar. Nesta jornada da vida centrada em Cristo devemos continuar no caminho seguindo a verdade para que continuemos vivos!

2) Não tome nenhuma atitude contrária a sua consciência. Se você age contra a sua consciência você comete uma violência cruel contra os seus valores mais nobres. Via de regra quando agimos contra a consciência pecamos e trazemos conosco o problema da culpa. A culpa nos consome e não nos deixa viver uma vida livre. Assim sendo não negocie os seus valores éticos e morais por nada!

3) Aja somente quando as suas convicções estiverem bem formadas. A melhor maneira de formar bem as nossas convicções é ler, ouvir e crer na Palavra de Deus. Uma pessoa que tem convicções bem estabelecidas pode até errar mas com certeza erra bem menos do que aqueles que não têm. Não podemos ser com folhas levadas ao vento nem como meninos inconstantes!

4) Tenha um referencial de decisão bem sólido: Para o Senhor Jesus Cristo. Uma outra maneira de tomarmos decisões corretas e submetermos tudo aquilo que queremos, desejamos ou fazemos ao Senhor Jesus. É para Jesus que você vive? É para Jesus que você faz todas as coisas? Eis um lema de vida para todos nós:
“Aquele que considera um dia como especial, para o Senhor assim o faz. Aquele que come carne, come para o Senhor, pois dá graças a Deus; e aquele que se abstém, para o Senhor se abstém, e dá graças a Deus”(Romanos 14.6 NVI).

IV – O homem que caminha em direção a Cristo é aquele que tem aprendido a viver para o Senhor Jesus.

“Pois nenhum de nós vive apenas para si, e nenhum de nós morre apenas para si. Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se morremos, morremos para o Senhor. Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor”(Romanos 14.7-8 NVI).
Uma vida onde caminhamos bem na direção de Cristo nos ajudará a experimentarmos plenamente a liberdade cristã e a vivermos inteligentemente para o Senhor. Como daremos ao Senhor um lugar central em nossas vidas? Deixe-me compartilhar com você alguns procedimentos cristãos que devem fazer parte de sua ação:

1) Não tente agradar a si mesmo. A vida centrada em Cristo é o antídoto contra a doença do egoísmo. Quando nos dedicamos a este esforço insano de querer agradar a nós mesmos adoecemos espiritualmente e nos afastamos do ideal que o Senhor tem para nós. Lembre-se que ao crer em Cristo o centro de sua existência passou a ser o Senhor Jesus Cristo.

2) Não tente agradar a família, igreja ou amigos. A vida centrada em Cristo é o antídoto contra a doença da aceitação popular. Quando nos dedicamos a este esforço doentio de quer agradar as pessoas nos obrigamos a vivermos de aparências. Sim é isso que acontece e passamos a construir nossa vida de modo hipócrita porque nossa imagem pessoal é influenciada pelo que os outros pensam de nós.

3) Agrade somente a Jesus o nosso alvo maior. A vida centrada em Cristo nos ajudar a manter um foco saudável. Sua única meta deve ser agradar a Jesus. Devemos viver para agradá-Lo bem como devemos estar dispostos a morrer por Ele e Sua vontade. A vida centrada em Cristo nos fala do fato de que pertencemos a Jesus e que isso já é uma grande bênção!

V – O homem que caminha em direção a Cristo é aquele que recebe do Espírito Santo a revelação a respeito de Jesus.

“Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês”(João 16.13-14 NVI).

Uma vida onde caminhamos bem na direção de Cristo nos ajudará a experimentarmos plenamente a liberdade cristã e a vivermos debaixo da unção e direção do Espírito Santo. Que ajuda o Espírito Santo pode me dar nesta caminhada? Deixe-me compartilhar com você alguns procedimentos cristãos que devem fazer parte de sua ação:

1) Receba bem a companhia do Espírito Santo nesta jornada. O Evangelho nos dá a boa notícia de que nesta caminhada nós não estaremos sozinhos. O Espírito Santo é o nosso companheiro de jornada e nós devemos recebê-Lo bem. Você tem convidado o Espírito Santo de Deus para caminhar contigo? Ele é o seu parceiro nesta vida centrada em Cristo?

2) Seja guiado a toda verdade pelo Espírito Santo nesta jornada. O Evangelho nos dá a boa notícia de que nesta caminhada nós não estaremos desorientados. O Espírito Santo é o nosso mestre nesta jornada e devemos acatar as suas orientações. Você tem ouvido o Espírito Santo nesta manhã? Ele é o seu mestre nesta vida centrada em Cristo?

3) Seja fortalecido pelo Espírito Santo que nos indica o caminho. O Evangelho nos dá a boa notícia de que nesta caminhada nós não seremos deixados para trás nem abandonados se porventura cansarmos. O Espírito Santo é o nosso sustentador e nos fortalece durante os nossos momentos de fraqueza. Você está se sentindo fraco e cansado? As lutas estão maiores do que você suporta? Ele é o seu consolador nesta vida centrada em Cristo?

4) Glorifique a Jesus enquanto caminhamos por Ele e para Ele. O Evangelho nos dá a boa notícia de que nesta caminhada nós não seremos levados nem enganados pela murmuração. O Espírito Santo é o nosso grande maestro e nos ajudará a louvarmos e a engrandecermos a Jesus. Você pode louvar e glorificar a Jesus nesta manhã? Ele nos auxiliará nesta grande empreitada da vida centrada em Cristo!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Como Amo a Mim Mesmo?

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“Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mt 22.37-40).

O mundo à nossa volta está promovendo o amor-próprio e a auto-estima. A auto-estima é um aspecto popular da psicologia humanista, que é baseada na crença de que todos nós nascemos bons e que a sociedade é a culpada. Esse sistema coloca o homem como a medida de todas as coisas. A ênfase no ego é exatamente o que começou no Jardim do Éden e se intensifica através dos ensinos humanísticos do amor-próprio, da auto-estima, da auto-realização e auto-etc. Promovendo a auto-estima, a Força-Tarefa Pela Auto-Estima na Califórnia foi a grande responsável por introduzir a ideologia e psicologia humanista nos setores público e privado. (É interessante notar que, em meados de 1988, a Força-Tarefa prestou tributo ao rei da auto-estima, James Dobson, destacando-o em seu boletim informativo. Além disso, seu livro Hide and Seek aparece na lista de leitura deles).

A influência da Comissão Pela Auto-Estima na Califórnia se espalhou pelos EUA. John Vasconcellos promoveu uma iniciativa em âmbito nacional sobre a auto-estima, semelhante à que introduziu na Califórnia. Vasconcellos deixou muito claro que o movimento da auto-estima deveria operar, como tem feito, contra o ensino que ele considerava antiquado, ou seja, que o homem é um pecador. Segundo ele, havia uma dupla visão da humanidade no país: (1) o homem como sendo pecador, e (2) como intrinsecamente bom. Ele declarou que esta era a questão subjacente do movimento da auto-estima. Por não crerem em Jesus Cristo, os humanistas seculares têm o ego como o único centro de interesse do indivíduo. Assim podemos entender por que aqueles que não conhecem a Cristo desejam amar, estimar e satisfazer o ego, pois é a única coisa que têm. E qual é a desculpa da Igreja?

O que há sob toda a retórica referente ao ego é um ataque ao Evangelho de Jesus Cristo, embora não se trate de um ataque frontal com limites de batalha claramente delineados. Ao contrário, na verdade é uma obra engenhosamente subversiva, não de carne e sangue, mas de principados e potestades, de dominadores deste mundo tenebroso, das forças espirituais do mal nas regiões celestes, tal como Paulo explicou na parte final da carta aos Efésios. É triste sabermos que muitos cristãos não estão alertas contra o perigo. É incontável o número dos que estão sendo sutilmente enganados por um outro evangelho – o evangelho do ego.

Percebemos que muita confusão tem envolvido a Igreja professa pelo uso da terminologia popular a respeito do ego. Em um extremo, encontramos pessoas como Robert Schuller que, de acordo com seu livro Self-Esteem: The New Reformation, parece ter abraçado inteiramente a postura humanista secular. Ele abomina o termo pecador e acredita que a pessoa deve desenvolver a sua auto-estima antes que possa conhecer a Jesus. Ele descarta por completo o que realmente conduz o indivíduo para a cruz de Cristo. Por outro lado, há os que, inconscientes das implicações e da confusão que tais palavras acarretam, vêm lançando mão desta terminologia. Adotando e adaptando-se aos conceitos da psicologia humanista, cristãos professos dizem que temos auto-estima, amor-próprio, valor-próprio, etc., por causa daquilo que somos em Cristo, mas a ideologia subjacente vem atrás.

Com o progresso da influência e da popularização da psicologia, a ênfase em Deus foi deslocada para o ego por uma grande parte da igreja professa. De formas muito sutis, o ego vai tomando o primeiro lugar e, assim, a atitude de ser escravo de Cristo é substituída pela de se fazer o que agrada e que seja para sua própria conveniência. O amor aos outros só é praticado se for conveniente.

Com toda esta ênfase no ego, é natural que os cristãos perguntem se é correto amar a si mesmo. Como Jesus responderia? Embora não seja ardilosa como as dos escribas e fariseus, a questão requer uma resposta “sim” ou “não”. O “sim” leva facilmente a toda espécie de preocupação consigo mesmo. E o “não” conduz a um possível: “Bem, então devemos nos odiar?” Nem sempre Jesus respondia como esperavam seus ouvintes. Em vez disso, Ele usava a pergunta como oportunidade de lhes ensinar uma verdade. Sua ênfase sempre era o amor de Deus e o nosso amor a Ele e aos outros.

Lingüisticamente, em toda a Bíblia, o termo agapao é sempre dirigido aos outros, nunca a mim mesmo. O conceito de amor-próprio não é o tema do Grande Mandamento, mas apenas um qualificativo. Quando Jesus ordena amar a Deus “de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força” (Mc 12.30), Ele enfatiza a natureza abrangente desse amor agapao (amor-atitude, que vai além da capacidade do homem natural, sendo possível exclusivamente pela graça divina). Se Ele usasse as mesmas palavras para o amor ao próximo, estaria encorajando-nos à idolatria. Contudo, para o grau de intensidade de amor que devemos ao próximo, Ele usou as palavras “como a ti mesmo”.

Jesus não nos ordenou a amar a nós mesmos. Ele não disse que havia três mandamentos (amar a Deus, ao próximo e a nós mesmos). Ele apenas afirmou: “Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mt 22.40). O amor-próprio já está implícito aqui – ele é um fato – não uma ordem. Nenhum ensino nas Escrituras diz que alguém já não ama a si mesmo. Paulo afirma: “Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja” (Ef 5.29). Os cristãos não são admoestados a amar ou a odiar a si mesmos. Amor-próprio, ódio-próprio (que é simplesmente uma outra forma de amor-próprio ou preocupação consigo mesmo), e auto-depreciação (possivelmente uma desculpa para culpar a Deus por não conceder ao ego maiores vantagens pessoais), são atitudes centradas no eu. Os que se queixam da falta de amor-próprio geralmente estão insatisfeitos com seus sentimentos, habilidades, circunstâncias, etc. Se realmente odiassem a si mesmos, eles estariam alegres por serem miseráveis. Todo ser humano ama a si mesmo.

Em toda a Escritura, e particularmente dentro do contexto de Mateus 22, a ordem é dirigir aos outros todo o amor que o indivíduo tem por si. Não nos é ordenado que amemos a nós mesmos. Já o fazemos naturalmente. O mandamento é que amemos os outros como já amamos a nós mesmos. A história do Bom Samaritano, que segue o mandamento de amar o próximo, não só ilustra quem é o próximo, mas qual é o significado da palavra amor. Nesse contexto, amor significa ir além das conveniências a fim de realizar aquilo que se julga ser melhor para o próximo. A idéia é que devemos procurar o bem dos outros do mesmo modo como procuramos o bem (ou aquilo que podemos até erradamente pensar que seja o melhor) para nós mesmos – exatamente com a mesma naturalidade com que tendemos a cuidar de nosso bem-estar.

Outra passagem paralela com a mesma idéia de amar os outros como já amamos a nós mesmos é Lucas 6.31-35, que começa com as palavras: “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles.” Evidentemente Jesus supunha que Seus ouvintes quisessem ser tratados com justiça, amabilidade e misericórdia. Em outras palavras, queriam ser tratados com amor e não com indiferença ou animosidade. Para esclarecer esta forma de amor em contraste com a dos pecadores, Jesus prosseguiu: “Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam… Amai, porém, os vossos inimigos…”

O amor que Jesus enfatiza é o demonstrado por atos, do tipo altruísta e não o que espera recompensas. Dada a naturalidade com que as pessoas satisfazem suas próprias necessidades e desejos, Jesus desviou-lhes o foco da atenção para além delas mesmas.

Essa espécie de amor pelos outros procede primeiro do amor de Deus, e somente depois de respondermos sinceramente ao amor dEle (de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todo o nosso entendimento). Não conseguiremos praticá-lo a não ser que O conheçamos através de Seu Filho. As Escrituras dizem: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1 Jo 4.19). Não podemos realmente amar (o amor-ação, agapao) a Deus sem primeiro conhecermos o Seu amor através da graça; e não podemos verdadeiramente amar o próximo como a nós mesmos, sem primeiramente amarmos a Deus. A posição bíblica correta para o cristão não é a de encorajar, justificar ou mesmo estabelecer o amor-próprio, e sim a de dedicar sua vida por amor a Deus e ao próximo como [já ama] a si mesmo.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A PARÁBOLA DOS TALENTOS - Mateus 25.14-30

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· Jesus estava junto aos doze discípulos, no monte das Oliveiras, e pronunciou uma série de sermões sobre os acontecimentos dos últimos dias:

o Mt. 24.3-14 (O principio das dores);

o Mt. 24.15-28 (A grande tribulação);

o Mt. 24.29-31 (A vinda do Filho do homem);

· Logo em seguida, Jesus começa a discursar sobre a conduta de seus servos nesse tempo:

o Mt. 24.32-44 (Exortação a vigilância – Figueira);

o Mt. 24.45-51 (Parábola do servo bom e mal);

o Mt. 25.1-13 (As dez virgens);

o Mt. 25.14-30 (Parábola dos talentos)

· Posteriormente, volta a falar sobre acontecimentos dos últimos dias:

o Mt. 25.31-46 (o grande julgamento).

· Dessa forma, a parábola dos talentos está inserida no contexto do discurso escatológico de Jesus.

o Jesus, ao falar das últimas coisas, alerta seus discípulos sobre a necessidade de se exercer de maneira sábia e eficaz as dádivas recebidas.

· Vamos nessa noite estudar a parábola dos talentos a partir de suas palavras-chave e retirar ensinos importantes para esses dias que vivemos:

1) TALENTO:

· 1 Talento equivalia a 6.000 denários, ou seja, a seis mil diárias de um trabalhador.

· Suposição: diária = R$ 20,00; 1 Talento = R$120.000,00

· Quem deu o talento? O SENHOR

· Quem recebeu o talento? SEUS SERVOS

· Como os talentos foram repartidos? SEGUNDO A CAPACIDADE DE CADA SERVO

· O que o SENHOR pediu que os servos fizessem com os talentos? NADA.

· NÓS TEMOS UM SENHOR.

ü Quem é seu SENHOR?

· NÓS RECEBEMOS TALENTOS.

ü Qual é o seu talento?

· O QUE NOSSO SENHOR TEM PEDIDO EM RELAÇÃO AOS TALENTOS?

ü O que Deus te pede em relação ao talento que você recebeu?

2) AJUSTAR CONTAS

· Ao voltar, o SENHOR pede conta dos talentos aos seus servos.

· O que ELE esperava se não tinha pedido nada aos seus servos?

ü Atitude

· QUAL É A EXPECTATIVA DE DEUS EM RELAÇÃO AO QUE ELE TE DEU?

ü Atitude

3) RETRIBUIÇÃO: Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. (v.29)

· A retribuição do SENHOR foi dada em relação à atitude do servo em relação ao que recebeu.

· Os servos que multiplicaram os talentos recebidos ganharam como recompensa o LOUVOR DO SENHOR e foram convidados a FESTEJAR (GOZO).

· O servo que teve medo, acomodação, devolveu o talento que recebeu. Por isso teve seu talento tirado, e recebeu como recompensa a exclusão da presença de seu SENHOR.

· Qual é a recompensa que Deus te dará, a partir daquilo que você tem feito com seus talentos recebidos?

ü Infelizmente, na nossa igreja, muitos seriam lançados foram, pois estão com seus talentos enterrados.

4) CONCLUSÃO

· Se quisermos tanto as recompensas de Deus (tanto materiais quanto espirituais), precisamos multiplicar os talentos postos em nossas mãos.

· Lembre-se: multiplicar talentos é obrigação daqueles que receberam, pois terão que prestar contas ao SENHOR.

· Deixemos o comodismo, a apatia, a preguiça e as desculpas prontas, pois isso de nada adiantará diante do SENHOR, como não serviu para o servo inútil.

· Se desejarmos uma igreja viva, eficaz e alegre, deixemos de ser mortos, acomodados e apáticos!

PENSAMENTO RENOVADO - COLOSENSSES 3.1-4

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As pessoas estão sempre à procura de coisas novas. A nova novela, o novo modelo de carro, o novo álbum de seu cantor preferido, e assim por diante. Elas buscam, ansiosas as coisas que são da terra, da carne, do mundo e do príncipe deste século, sem perceberem a enorme necessidade que têm de uma renovação total na sua maneira de pensar. Precisamos renovar nosso entendimento. Precisamos possuir um pensamento renovado.

I. Quatro passos que conduzem ao pensamento renovado:

1.Ressuscitar com Cristo ( Colossenses 3:1; Efésios 2:5-6);

2.Morrer para o mundo ( Colossenses 3:3);

3.Vestir-se de nova criatura (Colossenses 3:9-10);

4.Deixar o caminho e o pensamento ímpios (Isaías 55:7-8).

II. A natureza do pensamento renovado:

1.Busca as coisas do alto (Colossenses 3:1);

2.Pensa nas coisas do alto (Colossenses 3:2).

III. Os frutos do pensamento renovado:

1.Inconforma-se com este mundo (Romanos 12:2);

2.Transforma-se pela renovação da mente (Romanos 12:2);

3.Concede vida abundante (João 10:10);

4.Assenta o crente nas regiões celestiais (Efésios 2:6);

5.Glorifica (Colossenses 3:4; João 3:2).

Conclusão:

Que a renovação da nossa mente seja uma realidade constatada por todos em nossa maneira de viver. A renovação só é possível na vida das pessoas inconformadas, pessoas que cansaram de sofrer, da miséria, da derrota, da escravidão do pecado.

A libertação e transformação começa quando portanto na nossa mente e no coração, a Bíblia revela que aquilo que o homem pensa, isto ele é. Em Cristo Jesus nos tornamos livres do pecado e herdeiros de todas as bençãos e promessas que Deus fez a nós em Cristo Jesus.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ADORADOR SEM NOME - GÊNESIS 24.1-14



Encontramos aqui ninguém mais ninguém menos do que o mais antigo servo de Abraão, homem de muitas responsabilidades. Provavelmente, ele cuidava de vários afazeres domésticos e também verificava o serviço dos demais servos da casa do principal líder do povo hebreu naqueles dias. Era ele quem dizia se a comida estava boa, se o chão estava bem limpo, se a casa estava arrumada, se os animais estavam bem tratados etc. Gosto de saber que Deus usa as pessoas menos importantes e das formas mais inesperadas para realizar grandes coisas (I Coríntios 1.26-29). Pois foi através daquele humilde servo que Abraão pode dar continuidade à sua linhagem, da qual veio a nascer o Messias - Jesus - o nosso Senhor.

Quero ressaltar alguns pontos interessantes desse adorador, que acrescentaram muito à minha vida com Deus.

1. Ele era um bom servo, mas desconhecido

Como servo, sua posição trazia esta marca: "Servos não têm nome". Servos são somente servos, preocupados única e exclusivamente em cumprir bem os desígnios de seus senhores. Para um bom servo, basta a ordem ou a decisão de seu senhor para que se sinta bem. Por conseguinte, deveríamos trazer esse mesmo sentimento em nós, pois isso é o que nos ensina o próprio Senhor Jesus, quando afirma: "... o maior entre vós, seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve..." Lucas 22.26-27.

Outra característica de um servo eficaz é que ele é totalmente dependente das decisões do seu senhor e sabe esperar por elas. Diante disso, nós devemos estar sempre na dependência do nosso Senhor, à espera do Seu mover. Um bom servo compreende com clareza a frase "...sem Ele nada podemos fazer"João 15.5. Somos constantemente testados em nossa soberba e em nosso ego, porque sentimos prazer em dizer "eu fiz, eu resolvi, eu consegui", (você pode terminar a lista)..

Vivemos em um mundo regido por tais regras e cobranças. A humanidade, afastada de Deus pelo pecado, tenta sempre e de todas as formas possíveis se firmar como auto-suficiente e independente de qualquer coisa ou Pessoa. Como servos do único Senhor dos Senhores, creio que nossa atitude como cristãos deve ser a de nos humilhar, perder essa vontade de ser alguém importante, cujo nome conste em algum jornalzinho ou revista de notícias evangélicas dominicais...

É preciso buscar ardentemente ser encontrados como bons servos, declarando sempre a nossa total dependência de Deus.

2. Ele era responsável pelas coisas do seu senhor

"... o seu mais antigo servo da casa, que governava tudo quanto possuía..." (v. 1.)

Ora, Abraão era um homem muito experimentado, já com muitos anos de vida e, provavelmente, esse não era o seu primeiro servo, embora fosse o mais antigo. Abraão sabia reconhecer muito bem o bom servo do mau servo. Este servo, diz a Palavra, governava a casa e os bens de Abraão, que com certeza eram muitos. Tamanha responsabilidade tem de ter como base e como elo: confiança, sinceridade, fidelidade, enfim, quesitos fundamentais que também podemos encontrar em um grande amigo. Sendo assim, podemos perceber que ser encontrado como um servo bom e fiel significa também ser encontrado como um grande amigo com quem Deus poderá contar. Este é o relacionamento que aquele servo tinha com Abraão, o mesmo que Deus mantinha com Abraão, e também o tipo de relacionamento que Deus deseja ter conosco.

Foi através destas qualidades que esse desconhecido não só foi o governante de tudo o que possuía um dos homens mais importantes da História, mas também o "pivô" da vontade de Deus para a humanidade, na genealogia de Jesus. "Muito bem servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do Teu Senhor." (Mateus 25.21.)

3. Ele amava o seu senhor

"E disse consigo: Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão, rogo-te que me acudas hoje e uses de bondade para com meu senhor Abraão" (v. 12)

Vemos aqui que além de cuidar de tudo o que possuía Abraão, sendo responsável e preocupado com os interesses do seu senhor, ele desejava muito vê-lo feliz e satisfeito com os seus serviços.

Na cultura oriental, um servo vive para o seu senhor e não para si mesmo. Cria-se um relacionamento às vezes mais forte do que o próprio laço familiar!

Diante de um serviço que estava além de seu alcance e recursos - trazer a esposa para o filho do seu senhor - ele faz esta oração a Deus, e intercede por Abraão. Ele talvez tenha aprendido a buscar ao Senhor Deus com o próprio Abraão. E a lição sobre buscar o Senhor na nossa impossibilidade ele não havia esquecido.

Ele realmente amava o seu Senhor. Estaria desobrigado de trazer a moça caso ela não quisesse voltar com ele. Mas esse homem tinha um objetivo, um alvo: fazer a vontade de seu senhor. Ele sabia da importância dessa missão; era necessário que Isaque se casasse logo, para que a herança de Abraão não se perdesse. Um fato que devemos lembrar: Abraão temia que, se Isaque se casasse com uma mulher cananéia, outros costumes entrariam no meio do povo e certamente estariam corrompendo o culto ao seu Deus.

Outro ponto vista poderia ser colocado da seguinte maneira: na cultura hebraica daquela época, quando o líder de uma casa morria sem deixar filhos, automaticamente a herança passava a pertencer ao servo mais antigo. E se o servo de Abraão fosse ganancioso? Ele poderia ter atentado contra a vida de Isaque e teria ficado milionário. Sendo Abraão já velho e sem uma esposa, seria difícil conseguir um novo herdeiro àquela altura.

Mas, este servo realmente não vivia para si mesmo; só vivia para o seu senhor, verdadeiramente amava o seu senhor mais do que a si próprio. E foi por isso que Abraão o escolheu, e será por isso que Deus nos escolherá para os Seus propósitos. A principal maneira pela qual o Senhor Nosso Deus irá medir nossa fidelidade como servos, será através do nosso amor para com Ele.

Será que neste ponto podemos dizer que nos parecemos com esse servo de Abraão?

Só o amor trará à luz esta informação, isto porque qualquer outro critério de avaliação seria baseado em atitudes meramente humanas, que por mais que aparentem ser boas, costumam ter algum interesse carnal por trás. Por isso é que as escrituras afirmam: "...acima de tudo isto [subentende-se toda a obra que o homem pode realizar], porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição." Colossenses 3.14.

Que seja claro para nós, como servos e filhos amados de Deus, que só através de um amor intenso é que poderemos alcançar a confiança e sermos conhecidos do nosso Senhor. "Mas se alguém ama a Deus, esse é conhecido por Ele." (I Coríntios 8.3.)

4. Ele era um adorador extravagante

"E, prostrando-me adorei ao Senhor e bendisse ao Senhor..." (v. 48)

Como se não bastasse - tantas qualidades em um servo - encontramos nele algo que supera e dá suporte a todas as outras demais qualidades, ele era um adorador.

Abraão era um homem que conhecia a Deus de perto, e certamente não colocaria suas posses e sua própria casa à mercê de qualquer um, mesmo se este homem fosse extremamente qualificado para o serviço. Creio que ele preferiu mesmo um adorador, um homem piedoso e temente ao Senhor.

Este homem, por sua vez, não tinha nenhum medo de assumir-se um adorador do Deus Vivo. Ali estava ele, diante de uma mulher que ele nunca vira antes, se arremessando ao solo e bradando, com todas as suas forças, gritos de adoração e alegria diante do Senhor. Certamente havia outras pessoas por perto, pois era a hora em que as moças saiam para buscar água no poço. Esse homem amava a Deus e sabia que só pela vontade Dele é que as coisas estavam acontecendo. Só isso já é uma grande razão para que a nossa adoração seja extravagante.

Conclusão

Temos sido, como Igreja, violentados por doutrinas mundanas hereges e que estão minando a nossa verdadeira adoração. Devemos nos voltar para a simples e eficaz Palavra de Deus, que é o único lugar onde conheceremos o Seu caráter.

Alguns pontos para meditar sobre nossas próprias vidas são

- Será que temos buscado a glória de sermos conhecidos por nossas atitudes

- Temos vivido exclusivamente para o nosso Senhor?

- Temos atendido ao chamado específico de Deus para nossas vidas?

- E a nossa adoração, será que ela é só uma música?

- O nosso relacionamento com o Senhor pode ser colocado sob o respaldo de palavras como fiel, sincero, transparente, verdadeiro, intenso, etc?

Não sei quanto a você, mas o meu único desejo é ouvir uma pequena frase naquele dia: "Servo bom e fiel, entra no gozo do Teu Senhor."

Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo nos alcance, para o propósito de progredirmos em estatura